Qual será o destino deste blogue?

Aos meus amigos

Creio que fui muito ambiciosa ao pretender gerir dois blogues simultaneamente. Provavelmente este irá acabar por "morrer". Se isso acontecer poderão continuar a seguir-me no site abaixo, onde desde já são sempre bem-vindos

http://www.docaosaocosmos.blogspot.com/

Por lapso, no endereço do blog (ver abaixo) falta um e. Peço desculpa pela gralha mas é mais fácil assumir a gralha do que estar a criar um novo blogue ...
Espero a vossa compreensão

http://www.reflexoeseinterferncias.blogspot.com


Setembro de 2018

Confirmaram-se as minhas previsões sobre a efemeridade deste blogue.

Inativo desde 2010, pretendo agora dar-lhe continuidade mas alterando a sua função.

Vou dedicá-lo essencialmente aos mais jovens, nomeadamente postando textos de vários autores, incluindo textos meus inéditos ou inseridos nos livros que tenho publicado para o público infanto-juvenil.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Para isso fomos feitos...

Em 18/12 coloquei a mensagem :


Gostaria de partilhar convosco alguns poemas de Natal

Não sei se todos se aperceberam que poemas de Natal era a porta de entrada para um link. Bastava clicar. Para aqueles que o não fizeram coloco aqui o poema que surgiria e que considero belíssimo





Poema de Natal

Vinicius de Moraes



Para isso fomos feitos:

Para lembrar e ser lembrados

Para chorar e fazer chorar

Para enterrar os nossos mortos —

Por isso temos braços longos para os adeuses

Mãos para colher o que foi dado

Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:

Uma tarde sempre a esquecer

Uma estrela a se apagar na treva

Um caminho entre dois túmulos —

Por isso precisamos velar

Falar baixo, pisar leve, ver

A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer:

Uma canção sobre um berço

Um verso, talvez de amor

Uma prece por quem se vai —

Mas que essa hora não esqueça

E por ela os nossos corações

Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:

Para a esperança no milagre

Para a participação da poesia

Para ver a face da morte —

De repente nunca mais esperaremos...

Hoje a noite é jovem; da morte, apenas

Nascemos, imensamente.

2 comentários:

  1. Lindíssimo, mas um pouco triste.
    Toda a felicidade do mundo para si e todos os seus,

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  2. Porque será que no inverno, a morte parece mais evidente?
    Este poema encaixa perfeitamente neste dia escuro, chuvoso, ventoso, quase lúgubre. É triste, sim , mas a nossa vida pode ser luminosa " entre túmulos" e por ser tão curta, torna-se imperiosa. " Navegar é preciso...." :)

    Bjo

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