Qual será o destino deste blogue?
Aos meus amigos
Creio que fui muito ambiciosa ao pretender gerir dois blogues simultaneamente. Provavelmente este irá acabar por "morrer". Se isso acontecer poderão continuar a seguir-me no site abaixo, onde desde já são sempre bem-vindos
http://www.docaosaocosmos.blogspot.com/
Por lapso, no endereço do blog (ver abaixo) falta um e. Peço desculpa pela gralha mas é mais fácil assumir a gralha do que estar a criar um novo blogue ...
Espero a vossa compreensão
http://www.reflexoeseinterferncias.blogspot.com
Setembro de 2018
Confirmaram-se as minhas previsões sobre a efemeridade deste blogue.
Inativo desde 2010, pretendo agora dar-lhe continuidade mas alterando a sua função.
Vou dedicá-lo essencialmente aos mais jovens, nomeadamente postando textos de vários autores, incluindo textos meus inéditos ou inseridos nos livros que tenho publicado para o público infanto-juvenil.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
A nossa pequenez face ao Universo
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio em suma.
O resto é a matéria.
Daí que este arrepio
Este chamá-lo e tê- lo, erguê-lo e defrontá- lo,
Esta fresta de nada aberta no vazio, deve ser um intervalo.
Gedeão.A, Máquina do Mundo, in Máquina de fogo 1961
Silêncio cósmico
Pudera eu regressar ao silêncio infinito, ao cosmos de onde vim.
No espaço interestelar, vazio, negro, frio,
havia de soltar um grito bem profundo
e assim exorcizar todas as dores do mundo.
Gouveia, R
Este teu poema faz-me lembrar uma cena do filme Cabaret, musical dramático, passado na Berlim nazi. Nunca mais me esqueci dessa cena num tunel do metropolitano, em que a Liza Minelli desce as escadas, chega ao patamar e dá uns gritos absolutamente estridentes, como que a libertar-se de todo o peso que tem sobre as costas.
ResponderEliminarHá alturas em que nos apeteceria gritar no meio da praia deserta - já o fiz - ou no cimo duma montanha e ouvir o eco.
Mas a "barra é bem pesada" como dizem os brasileiros e ninguém consegue aliviar "todas as dores do mundo"...
A ideia do grito para exorcisar as nossas dores e as do mundo em geral é uma ideia recorrente em mim, como se pode ver no poema anexo
ResponderEliminarBjs
Infinito
O que é o infinito?
Será um estado de alma
num dia de muita calma,
em que o ar fica parado
de tão sereno e tão quente?
Será um oito deitado
dos que vêm nas sebentas,
nos compêndios, nos opúsculos,
ou serão as tardes lentas
que precedem os crepúsculos?
Ou será o quociente
em toda e qualquer divisão,
sem indeterminação,
em que zero é o divisor?
Ou será um grande amor?
Ou será a imensa dor
sentida ao perder alguém?
Ou será a imensidão
do Universo em expansão?
Ou será mesmo o Além?
Será a suprema alegria
de ver um filho nascer?
Será talvez a magia
de ver a vida crescer?
O que é o infinito?
Talvez seja aquele grito
que eu tento a custo suster