Qual será o destino deste blogue?

Aos meus amigos

Creio que fui muito ambiciosa ao pretender gerir dois blogues simultaneamente. Provavelmente este irá acabar por "morrer". Se isso acontecer poderão continuar a seguir-me no site abaixo, onde desde já são sempre bem-vindos

http://www.docaosaocosmos.blogspot.com/

Por lapso, no endereço do blog (ver abaixo) falta um e. Peço desculpa pela gralha mas é mais fácil assumir a gralha do que estar a criar um novo blogue ...
Espero a vossa compreensão

http://www.reflexoeseinterferncias.blogspot.com


Setembro de 2018

Confirmaram-se as minhas previsões sobre a efemeridade deste blogue.

Inativo desde 2010, pretendo agora dar-lhe continuidade mas alterando a sua função.

Vou dedicá-lo essencialmente aos mais jovens, nomeadamente postando textos de vários autores, incluindo textos meus inéditos ou inseridos nos livros que tenho publicado para o público infanto-juvenil.

domingo, 23 de setembro de 2018

A coroa falsificada...

Boa tarde...

Hoje vou colocar aqui um texto meu, não publicado, cujo título é  A coroa falsificada.

Já ouviram falar de Arquimedes?  Podem pesquisar na NET  por exemplo aqui:

 (Cuidado -  nem sempre os dados recolhidos na NET são fiáveis...)


Antes de colocar o meu texto, deixo a indicação de um livro muito interessante  e um pequeno vídeo. 






Eis o meu texto…
A coroa falsificada

Era uma vez, há muito, muito tempo, há mais de dois mil anos, uma cidade, Siracusa, junto ao mar que após muitas lutas enfrentar, acabou conquistada por romanos.

Era uma vez  um rei que ali reinava, Hieron era assim que se chamava.

Era uma vez  um grande sábio, Arquimedes, autor de muito invento, cuja história perdurou no tempo.

O rei decidiu mandar fazer uma coroa especial digna da sua condição real.
Do seu vasto tesouro, retirou um certo peso em ouro e deu-o a um afamado joalheiro.

Terás que me  fazer uma coroa com que possa deslumbrar o mundo inteiro.

O joalheiro, quando a coroa terminou, rapidamente ao rei a entregou que o peso ali logo confirmou. Só que depois pensou:

Será que esta coroa é toda em ouro, ou algum ouro por prata foi trocado? 

Sendo que o ouro é bem mais valioso, se o joalheiro fosse pouco escrupuloso, fazia a troca e ficava a lucrar sendo  difícil alguém desconfiar se nada mais fizesse que pesar.

Só que  o rei pesou, mas mesmo assim desconfiou…..

O peso coincide com o do ouro que lhe dei mas mesmo assim, não sei….

Por certo Hieron era um rei desconfiado.

Lembrou-se de Arquimedes para resolver um tal dilema. Chamou-o e expôs-lhe o problema.

Arquimedes,  por mais que puxasse da razão, não conseguia encontrar a solução.
Começava a ficar  desanimado e pensava da tarefa desistir, mesmo sem saber como Hieron iria reagir.

Mas um dia, quando  numa banheira mergulhava, reparou que alguma água transbordava.
Pensou: 
Eis a explicação.

E saiu da banheira, nu, conforme estava.
“Eureka, Eureka” pelas ruas gritava, enquanto corria em grande excitação.

Queria assim dizer, com tal satisfação, que acabara de encontrar a solução.

Se a coroa tivesse alguma prata teria que ser  maior, forçosamente e mais água iria transbordar,naturalmente.

Resolveu então experimentar. Pegou na coroa e em ouro, em peso igual, e ambos  em água mergulhou.

Constatou que, afinal, a coroa mais água fazia transbordar pelo que não  havia mais que  duvidar.

A coroa fora falsificada, com ouro e  prata fora fabricada.

O joalheiro, que devia ser ambicioso, fora pouco escrupuloso, trapaceiro.

O que lhe aconteceu não conta a história nem tão pouco o seu nome ficou para memória.

Tão pouco se sabe o que aconteceu à coroa real.
Tê-la-á o rei usado ou será que simplesmente a pôs de lado?
Tê-la-á mandado fundir, para fazer de novo uma coroa 
que pudesse  luzir junto do povo, feita de ouro, toda por inteiro?
Terá chamado um outro joalheiro ou novamente  o ourives trapaceiro?

Se para estas questões houve respostas o tempo as apagou,  mas para sempre ficou o nome de Arquimedes, autor de muito invento que ainda hoje, passado tanto tempo, se fala dele com admiração.

É principalmente devido à impulsão, para a qual ele arranjou explicação, que ainda hoje, passados tantos anos, navios continuam a cruzar os oceanos. 

Pela ciência tinha tal paixão que um dia traçava círculos no chão para resolver um problema que trazia em mente quando, de repente, se aproximou dele um soldado romano de espada na mão.
Rogou-lhe Arquimedes: 

Por favor, ainda não, estou quase a encontrar a solução. Deixa-me só testar este meu plano.

Mas o soldado romano não devia ter paixão pela ciência.
Num acto de  grande inconsciência e, sem a mínima consideração, brandiu a espada que tinha na mão. 



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