Qual será o destino deste blogue?

Aos meus amigos

Creio que fui muito ambiciosa ao pretender gerir dois blogues simultaneamente. Provavelmente este irá acabar por "morrer". Se isso acontecer poderão continuar a seguir-me no site abaixo, onde desde já são sempre bem-vindos

http://www.docaosaocosmos.blogspot.com/

Por lapso, no endereço do blog (ver abaixo) falta um e. Peço desculpa pela gralha mas é mais fácil assumir a gralha do que estar a criar um novo blogue ...
Espero a vossa compreensão

http://www.reflexoeseinterferncias.blogspot.com


Setembro de 2018

Confirmaram-se as minhas previsões sobre a efemeridade deste blogue.

Inativo desde 2010, pretendo agora dar-lhe continuidade mas alterando a sua função.

Vou dedicá-lo essencialmente aos mais jovens, nomeadamente postando textos de vários autores, incluindo textos meus inéditos ou inseridos nos livros que tenho publicado para o público infanto-juvenil.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Feliz Natal

A todos os meninos do mundo, desejo um Bom Natal




































 Regina Gouveia in  Ciência para meninos em poemas pequeninos, 

domingo, 11 de novembro de 2018

Este fantástico Planeta….



Chamava-se Laika uma cadelinha 
que foi para o espaço; foi num foguetão
Viu o que até então nunca ninguém vira. 
Viu  de lá a Terra , uma bola azul,que gira, que gira,  
viu o pólo norte e viu o pólo sul .
Pobre cadelinha andou pelo espaço às voltas, coitada,
ficou muito ourada, não aguentou.  
Não pôde contar o  que se passou.
Voltaram ao espaço,  passados uns anos, 
astronautas russos e americanos.
Os americanos  na Lua pousaram  
e por  lá caminharam, sempre aos saltinhos,
com estranhos fatos, muito anafadinhos.
Vinham comovidos, quando regressaram
pois o  astro mais belo que dos céus se enxerga 
é um  planeta azul, o planeta Terra.

In Gouveia, R, Ciência para meninos em poemas pequeninos (Porto Editora)

Vejam agora este vídeo acedendo ao link

O nosso planeta é fantástico, mas o homem, irresponsável está a destruí-lo
Os mais jovens, a quem caberá gerir o mundo de amanhã, talvez ainda vão a tempo de poder fazer algo. Senão vejam…



Deixo ainda mais dois poemas

Mar

Já brincaste com a areia e com as conchinhas do mar?
Já viste as ondas a ir,  para logo a seguir  voltar?
Encosta um búzio ao ouvido e fica atento a escutar.
Parece que se ouve o mar a contar os seus segredos.
Diz que se sente doente, que está muito poluído. 
Hoje é um petroleiro,  amanhã é um cargueiro 
que deita lixo para o mar.
E  também há muita gente
que deita na praia lixo, uma garrafa, uma lata,
uma pistola de  esguicho, uma embalagem qualquer.
Ora isso não pode ser  pois a poluição mata
as algas e os peixinhos.  Mata  até os passarinhos
que na areia vão pousar  ou água vão debicar
nas pocinhas dos rochedos.

Rio

Era um rio transparente,  cristalino, onde os peixinhos nadavam sem destino
 para um e outro lado. O rio cantava sempre uma melodia
de que  as pedras no fundo pareciam gostar.
Mas chegou um dia a poluição  e o som do rio,  em agonia,
era um som triste, desafinado.
Muitos meninos juntaram-se, então,  e decidiram o  rio limpar .
O rio voltou  a cantar e,  de contente, ofereceu  a cada menino um presente:

Uma pedrinha bem redondinha que repetia a melodia que o rio estava sempre a cantar.



In Gouveia, R, Ciência para meninos em poemas pequeninos (Porto Editora)

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A importância da música na formação de crianças e jovens


A música e a dança são processos de construção do conhecimento, conceptual, processual e atitudinal, favorecendo, entre outras competências, a concentração, a criatividade, a memória, o sentido rítmico, a sensibilidade, a afectividade, a socialização o respeito pelo próximo, contribuindo também para uma efetiva consciência corporal e do movimento.

A educação musical que entrou nas escolas, timidamente, é certo, deve ser complementada nomeadamente em casa.

Grandes poetas escreveram textos para crianças, que têm sido musicados por grandes músicos, muitos deles poetas também.

Em Portugal, na década de 70 notabilizaram-se canções e textos de José Barata Moura, hoje Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa da qual, durante alguns anos,  foi Reitor . "Joana come a papa" é porventura uma das canções mais conhecidas, a par de "Olha a bola Manel", "Fungagá da bicharada"... 
Deixo uma, "Era uma vez um rei"talvez menos conhecida que as anteriores

J
Do Brasil chegam-nos canções associadas aos nomes de Vinícius de Moraes (poeta, diplomata, ..), Chico Buarque(cantor, escritor,…) e Toquinho (conhecido essencialmente como cantor). Todos eles escreveram e letras  e músicas para várias canções. Aqui fica uma colectânea com algumas delas



Termino com "Pedro e o Lobo" conto infantil musical, criado pelo compositor russo Sergei Prokofiev com o intuito de atrair o público infantil para o mundo da música


Esta obra  foi adaptada a bailado, de que é exemplo o vídeo que segue
  






sábado, 6 de outubro de 2018

E porque ontem foi 5 de Outubro....


E porque ontem foi 5 de Outubro deixo, essencialmente para os mais novos, um pequeno vídeo que resultou de uma atividade de comemoração do 5 de outubro pelo Agrupamento de Escolas de Portel (nessa atividade houve uma articulação entre a disciplina de História e a Biblioteca).




Ao Agrupamento de Escolas de Portel, parabéns pela iniciativa.  Aos alunos de 6ºA e 6ºB, parabéns também pelo desempenho A todos, obrigada pela partilha.


Vou deixar também um outro vídeo para os mais crescidos






quinta-feira, 27 de setembro de 2018

IRON MAN ou uma história muito bonita…


Iron Man é uma personagem   da Marvel Comics que tem ispirado jogos,filmes, etc. Mas é também uma modalidade de triathlon de longas distâncias, compreendendo natação, ciclismo e corrida. 

Realiza-se em várias partes do mundo, nomeadamente em Portugal, Cascais. Aqui https://www.youtube.com/watch?v=aeRW56ktVpI) (podem ver um pequeno vídeo de uma das provas ali realizadas

No próximo dia 30 vai decorrer a prova de 2018.
"Conhece a prova Ironman? 
Pois então siga o nosso amigo Miguel Ferreira Pinto que irá participar na prova de forma solidária e todo o apoio que conseguir reverte para a APCL
Imagino que neste momento já se estejam a interrogar:
 A que propósito surge aqui a referência ao IRON Man?
Miguel Ferreira Pinto é um dos 8 netos de uma prima minha. Tem uma irmã e um irmão, o Pedro, um jovem inteligente e doce, que sofre de  paralisia cerebral.
Aqui (https://www.mfpironman.com/) poderão perceber melhor, quer através do texto, quer através das fotos,  quais  as razões que levam Miguel Ferreira Pinto a participar na prova.
    Sempre pratiquei desporto e fui desafiado para fazer o IRONMAN 70.3.
    Na altura achei que era uma loucura, mas o desafio pareceu-me estratosfericamente perfeito.
    Depois de uma lesão, que me impediu temporariamente de praticar Crossfit,tive que arranjar um desafio desportivo que me cativasse e que conseguisse conciliar com a minha vida profissional.
    Com o início desta nova etapa surgiu a ideia de aliar uma loucura pessoal a uma causa que me é querida: angariar fundos para ajudar a Associação de Paralisia Cerebral de LisboaAfinal é a escola que tem sido a casa do meu irmão há mais de 20 anos.
    Ficou decidido: vou fazer o IRONMAN no dia 30 de Setembro, dê por onde der, e vou tentar juntar o máximo de dinheiro que aqueles 130km permitirem

Esta é a história bonita que anunciei no título da mensagem.
Que belo gesto,Miguel! Obrigada

Felizmente há outras iniciativas no âmbito da "diferença", como a que refiro a seguir, em que autores consagrados participaram numa iniciativa da Associação Pais em Rede

E porque abordei o tema “Meninos diferentes” deixo dois  poemas, um  “Menino Diferente” que, em tempos, me foi pedido a propósito de uma acção sobre  o tema  no âmbito do ensino especial.

O outro, “Diversidade”, que aborda outro tipo de  diferenças, consta do meu livro Ciência para meninos em poemas pequeninos.

Menino diferente

Menino diferente tal como os demais
pois não há no mundo dois meninos iguais.
E cada diferença exige atenção…
Vem comigo, vem.
Menino diferente, dá-me a tua mão
Juntos, de mão dadas,
sigamos em frente para ir mais além
Em troca, menino diferente,
peço-te um sorriso.
Nada mais preciso.



































Deixo ainda dois vídeos relacionados com o que acabo de escrever





 




(Esta mensagem vai ser "postada" também no meu outro blogue https://docaosaocosmos.blogspot.com/)


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

ciência e poesia no dia a dia...

Hoje vou "postar" mais um texto do livro: "Há ciência e poesia nas coisas do dia"

Tem por título "O bichinho da ciência"














Podíamos também perguntar:
Porque é azul o céu? Porque fica avermelhado ao pôr do sol?

O vídeo que segue vai tentar responder.... 


https://www.youtube.com/watch?v=bTJBpSWNiiM



Se encontrarem ciência escondida em algum lugar, não a deixem escapar… 






domingo, 23 de setembro de 2018

A coroa falsificada...

Boa tarde...

Hoje vou colocar aqui um texto meu, não publicado, cujo título é  A coroa falsificada.

Já ouviram falar de Arquimedes?  Podem pesquisar na NET  por exemplo aqui:

 (Cuidado -  nem sempre os dados recolhidos na NET são fiáveis...)


Antes de colocar o meu texto, deixo a indicação de um livro muito interessante  e um pequeno vídeo. 






Eis o meu texto…
A coroa falsificada

Era uma vez, há muito, muito tempo, há mais de dois mil anos, uma cidade, Siracusa, junto ao mar que após muitas lutas enfrentar, acabou conquistada por romanos.

Era uma vez  um rei que ali reinava, Hieron era assim que se chamava.

Era uma vez  um grande sábio, Arquimedes, autor de muito invento, cuja história perdurou no tempo.

O rei decidiu mandar fazer uma coroa especial digna da sua condição real.
Do seu vasto tesouro, retirou um certo peso em ouro e deu-o a um afamado joalheiro.

Terás que me  fazer uma coroa com que possa deslumbrar o mundo inteiro.

O joalheiro, quando a coroa terminou, rapidamente ao rei a entregou que o peso ali logo confirmou. Só que depois pensou:

Será que esta coroa é toda em ouro, ou algum ouro por prata foi trocado? 

Sendo que o ouro é bem mais valioso, se o joalheiro fosse pouco escrupuloso, fazia a troca e ficava a lucrar sendo  difícil alguém desconfiar se nada mais fizesse que pesar.

Só que  o rei pesou, mas mesmo assim desconfiou…..

O peso coincide com o do ouro que lhe dei mas mesmo assim, não sei….

Por certo Hieron era um rei desconfiado.

Lembrou-se de Arquimedes para resolver um tal dilema. Chamou-o e expôs-lhe o problema.

Arquimedes,  por mais que puxasse da razão, não conseguia encontrar a solução.
Começava a ficar  desanimado e pensava da tarefa desistir, mesmo sem saber como Hieron iria reagir.

Mas um dia, quando  numa banheira mergulhava, reparou que alguma água transbordava.
Pensou: 
Eis a explicação.

E saiu da banheira, nu, conforme estava.
“Eureka, Eureka” pelas ruas gritava, enquanto corria em grande excitação.

Queria assim dizer, com tal satisfação, que acabara de encontrar a solução.

Se a coroa tivesse alguma prata teria que ser  maior, forçosamente e mais água iria transbordar,naturalmente.

Resolveu então experimentar. Pegou na coroa e em ouro, em peso igual, e ambos  em água mergulhou.

Constatou que, afinal, a coroa mais água fazia transbordar pelo que não  havia mais que  duvidar.

A coroa fora falsificada, com ouro e  prata fora fabricada.

O joalheiro, que devia ser ambicioso, fora pouco escrupuloso, trapaceiro.

O que lhe aconteceu não conta a história nem tão pouco o seu nome ficou para memória.

Tão pouco se sabe o que aconteceu à coroa real.
Tê-la-á o rei usado ou será que simplesmente a pôs de lado?
Tê-la-á mandado fundir, para fazer de novo uma coroa 
que pudesse  luzir junto do povo, feita de ouro, toda por inteiro?
Terá chamado um outro joalheiro ou novamente  o ourives trapaceiro?

Se para estas questões houve respostas o tempo as apagou,  mas para sempre ficou o nome de Arquimedes, autor de muito invento que ainda hoje, passado tanto tempo, se fala dele com admiração.

É principalmente devido à impulsão, para a qual ele arranjou explicação, que ainda hoje, passados tantos anos, navios continuam a cruzar os oceanos. 

Pela ciência tinha tal paixão que um dia traçava círculos no chão para resolver um problema que trazia em mente quando, de repente, se aproximou dele um soldado romano de espada na mão.
Rogou-lhe Arquimedes: 

Por favor, ainda não, estou quase a encontrar a solução. Deixa-me só testar este meu plano.

Mas o soldado romano não devia ter paixão pela ciência.
Num acto de  grande inconsciência e, sem a mínima consideração, brandiu a espada que tinha na mão.